terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os 10 melhores álbuns de 2014


1. MAC DEMARCO - SALAD DAYS
   O talento de Mac DeMarco já se sentia em 2, o seu primeiro álbum de estúdio. Dois anos depois, as suspeitas confirmavam-se em Salad Days. No novo disco, o rapaz canadiano leva-nos numa viagem pelo psicadelismo, com um toque de "jizz jazz" (nome que dá ao seu estilo musical). 
   A partir do seu apartamento em Brooklyn e com uma "guitarra de 30 dólares", nascem os seus riffs dançantes e tão característicos. As músicas românticas assumem um papel importante neste álbum e mostram o crescimento de DeMarco na escrita das suas letras, como acontece em Let My Baby Stay ou Let Her Go.
   Mas o que torna o músico tão especial? Quem ouve o disco sem conhecer a personalidade do artista espera encontrar um rapaz tranquilo, que canta sobre relações amorosas e cigarros. Mas acontece precisamente o contrário. Mac DeMarco é um miúdo (tem apenas 24 anos) divertido, com uma excentricidade de certa forma simples (quem já o viu a atuar sabe do que falo), que nunca para de surpreender.














2. THE WAR ON DRUGS - LOST IN THE DREAM
   Quando a namorada de Adam Granduciel pôs fim à relação que mantinha com o vocalista dos War On Drugs, este decidiu fechar-se em casa e concentrar-se a 100% no seu terceiro álbum. Devido a estas circunstâncias, a banda de Filadélfia apresenta-nos um álbum de certa forma sombrio, onde se canta sobre temas como o pânico, perdas e corações partidos. 
   É um disco mais extenso em termos de qualidade musical do que os seus antecessores. Em Lost In The Dream ouvimos pianos com um som melancólico, guitarras acústicas e sintetizadores e que recolhe influências de artistas como Bruce Springsteen, Tom Petty e Bob Dylan.














3. TEMPLES - SUN STRUCTURES
   O psicadelismo voltou, renovado. É isto que nos vem à cabeça quando escutamos o álbum de estreia da banda da pequena cidade de Kettering, no Reino Unido.
   Não precisamos de nos esforçar muito para reconhecer as influências presentes neste disco: os Pink Floyd na era Syd Barrett e os Beatles, nos seus últimos anos. Se os encaixarmos nos últimos anos, podemos afirmar que os Temples são a versão britânica dos Tame Impala (ou até dos portugueses Capitão Fausto).
   Uma coisa é certa, se Sun Structures tivesse sido lançado nos anos 60, ninguém teria estranhado.

4. Sun Kil Moon - Benji

5. Jack White - Lazaretto

6. Angel Olsen - Burn Your Fire For No Witness

7. Perfume Genius - Too Bright

8. Ty Segall - Manipulator

9. Future Islands - Singles

10. Foo Fighters - Sonic Highways

domingo, 21 de dezembro de 2014

7 músicas para ouvir no Natal

1. John Lennon - Happy Xmas (War Is Over)


2. Julian Casablancas - I Wish It Was Christmas Today


3. B Fachada - Dia de Natal


4. Bob Dylan - It Must Be Santa


5. The Beatles - Christmas Time Is Here Again


6. Death Cab For Cutie - Christmas (Baby Please Come Home)


7. The Legendary Tigerman - Fuck Christmas, I Got The Blues


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Um génio nasceu, outro morreu


   Há setenta e um anos atrás, ninguém imaginava que estava a nascer uma das maiores lendas do rock. Jim Morrison veio ao mundo no dia 8 de dezembro de 1943, na Flórida. Ficou conhecido como o fundador de uma das melhores bandas de sempre quando, em 1965, juntamente com Ray Mazarek, formou os The Doors. No momento em que a banda alcançava um enorme êxito, Jim desenvolvia uma dependência do álcool e de drogas. 
   Era famoso pela sua atitude selvagem e radical enquanto atuava, mas também pelos seus poemas improvisados. É, por isso, considerado um dos vocalistas mais carismáticos da história do rock.
   O consumo de substâncias ilícitas por parte de Jim Morrison cresceu e, em março de 1971, todos os elementos da banda concordaram em fazer uma pausa por tempo indeterminado.
   Juntamente com a sua namorada, Pamela Courson, o vocalista mudou-se para Paris, onde pretendia dedicar-se à escrita.
   James Douglas Morrison faleceu a 3 de julho de 1971, na banheira da sua casa na capital francesa. Ainda hoje existem dúvidas sobre a causa da morte do cantor. Apesar de o relatório oficial apontar para um ataque cardíaco, põe-se a hipótese de uma overdose de heroína ou de um assassinato por parte das autoridades dos Estados Unidos. Jim Morrison está sepultado no cemitério de Père-Lachaise, em Paris.

"Expose yourself to your deepest fear;
 after that, fear has no power, and the fear of freedom shrinks and vanishes.
 You are free."
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   John Lennon nasceu a 9 de outubro de 1940. Ficou famoso devido à criação da uma das maiores bandas de sempre, The Beatles, onde, em conjunto com Paul McCartney, deu origem a uma das melhores duplas de compositores/cantores.
   Com a banda inglesa lançou treze álbuns, em apenas dez anos. Lennon abandonou os Beatles e, a 10 de abril de 1970, McCartney anunciou o seu fim.
   Durante a sua vida, o músico dedicou-se a eventos políticos que lutavam pelos direitos humanos e apelo à paz.
   No dia 8 de dezembro de 1980, quando regressava ao seu apartamento em frente ao Central Park, foi abordado por um rapaz, fã dos Beatles, que disparou contra o cantor. John Lennon acabou por morrer a caminho do hospital. O músico foi cremado e as suas cinzas foram guardadas pela mulher, Yoko Ono.

"We live in a world where we have to hide to make love,
while violence is practiced in broad daylight."

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O regresso dos Libertines


   Dez anos depois do lançamento de The Libertines, a banda de Peter Doherty e Carl Barât prepara-se para editar o seu terceiro álbum.
   O disco chega em 2015, depois de uma longa história de altos e baixos da banda britânica. Formada em 1997, pelos dois atuais vocalistas, rapidamente ganhou uma imensidão de fãs, sobretudo em Inglaterra. Porém, só em 2002 gravaram o primeiro disco, Up The Bracket, e, em 2004, o seu sucessor. Durante o período de preparação do disco, o consumo de drogas por parte de Pete Doherty aumentou, o que conduziu ao fim da banda. Ainda assim, os quatro elementos juntaram-se para uma reunião no festival Reading and Leeds, em 2010.
   No verão de 2014, depois de alguns concertos pela Europa (um deles em Portugal), Carl Bârat anunciou o regresso dos Libertines e a possibilidade de lançamento de um novo álbum.
   A banda inglesa juntou-se esta semana na Tailândia (onde está Doherty a cumprir um programa de reabilitação) com o objetivo de começar a trabalhar as novas músicas de um disco que os fãs aguardam ansiosamente há mais de uma década.

sábado, 29 de novembro de 2014

13 anos sem Harrison


   No dia 29 de novembro de 2001, perdeu-se uma das figuras mais importantes do mundo da música. George Harrison, guitarrista dos Beatles, emprestou também a sua voz a algumas músicas da banda, como Here Comes The Sun ou Something.
    Para além dos Beatles, teve um grande sucesso na sua carreira a solo e com os Traveling Wilburys.
    Morreu há treze anos, devido a um cancro do pulmão.
  Harrison será eternamente lembrado como um dos melhores guitarristas de sempre, numa das maiores bandas de sempre.

"With our love, we could save the world"
George Harrison com Ringo Starr e Paul McCartney

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A despedida dos Pink Floyd


     No passado dia dez de novembro foi editado o novo (e último) disco dos Pink Floyd. O anúncio do lançamento do décimo quinto trabalho da banda britânica surpreendeu os fãs, numa altura em que (quase) ninguém acreditava num sucessor do The Division Bell.
     Em forma de homenagem a Richard Wright, teclista e co-fundador da banda, falecido em 2008, David Gilmour e Nick Manson juntaram-se e editaram The Endless River.
     O disco não é mais do que uma coleção de sobras das composições feitas em The Division Bell. Sobras essas que se percebe facilmente porque ficaram de fora, em 1994.
     Quem ouve o álbum, nota que é um trabalho muito inferior àquilo a que os Pink Floyd nos habituaram. 
     As três primeiras faixas soam a qualquer coisa já ouvida anteriormente, são pouco originais e muito monótonas. Na minha opinião, o momento mais alto do disco passa-se na sequência Allons-y (1), Autumn'68 (homenagem a Summer '68) e Allons-y (2). Em Louder Than Words, a única faixa cantada no álbum, encontramos pequenas semelhanças com Hey You.
     Em Portugal, foi um disco bem recebido, uma vez que, logo na primeira semana se venderam mais de 5 mil exemplares, conseguindo o primeiro lugar na tabela de vendas.
     The Endless River é uma carta de despedida dispensável mas que consegue ser recompensadora quando se volta a ver os Pink Floyd no topo, vinte anos depois. É um trabalho mediano de uma banda que, durante toda a carreira, nos habituou a discos de elevadíssimo nível. 
     
     

sábado, 15 de novembro de 2014

A viagem espacial de José Cid


    Quando nos falam em José Cid, a primeira coisa que nos vem à cabeça são músicas sobre macacos, bananas ou sobre aquela cabana junto à praia. E quando nos dizem que o José Cid tem um dos melhores álbuns de rock progressivo do mundo, não queremos acreditar.
     Mas é verdade. Estávamos em maio de 1978 quando 10000 Anos Depois Entre Vénus E Marte foi lançado. O álbum foi quase ignorado nesse período, muito por consequência da força que o punk ganhava nessa altura e que o prog rock ia perdendo.
     A produção do álbum começou quando José Cid se decidiu juntar a Mike Sergeant, Zé Nabo e Ramón Galarza para gravar um disco que apresenta evidentes influências dos Pink Floyd e dos Moody Blues. Em 10000 Anos conseguimos ouvir um desfile de instrumentos de teclas. Cid tocava vários teclados, dos quais se destaca o Mellotron, que conferia ao álbum um som espacial e intenso, juntamente com um belo som de guitarra. Era uma coisa nunca antes ouvida em Portugal.
     Todas as oito faixas do álbum contam uma história: um homem e uma mulher conseguem fugir do planeta Terra, depois de este se auto-destruir, e encontram um novo planeta para viver. Dez mil anos depois, regressam à Terra com o objetivo de a repovoar.


     Ignorado em território nacional, levou o músico a lançar-se noutros caminhos mais acarinhados pelo povo português. Porém, em 1994, despertou o interesse de uma editora norte-americana - Art Sublime -, que propôs reeditar o álbum e incluir ainda Vida (Sons Do Quotidiano) como faixa-bonús.
     Só a partir do ano de 2000 é que o disco ganha uma maior notoriedade, com a descoberta do mesmo por parte de fãs de novas gerações e de vários músicos, que apreciavam este registo musical.
     A reação da imprensa também ajudou à propaganda deste trabalho, com revistas como a Q e a Billboard a avaliarem-no como um dos melhores cem discos de prog rock do mundo e de todos os tempos.
     Como o álbum teve um número limitado de cópias, torna-se muito difícil encontrá-lo à venda e, em sites de compras online, como o e-Bay, chega a atingir valores superiores a cem euros.
     Inúmeras bandas tomam o 10000 Anos como referência, como é o caso dos Capitão Fausto, que até possuem uma música chamada ZéCid, em homenagem ao próprio. 
     Apesar de só ter alcançado o reconhecimento merecido muitos anos mais tarde, o trabalho de José Cid ganha fãs nos quatro cantos do mundo a cada dia que passa, encantados com o música de um álbum que, mesmo tendo sido gravado há mais de trinta anos, é dotado de uma qualidade que o torna intemporal. 


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Muse confirmados no NOS Alive 2015

     Os britânicos Muse são a segunda confirmação do festival NOS Alive. A banda de Matt Bellamy foi a escolhida para ser cabeça de cartaz no dia 9 de julho, dia onde também irão atuar os alt-J.


sábado, 1 de novembro de 2014

A estranha loucura de Syd Barrett


     Hoje vou falar de um dos meus álbuns preferidos e no qual ando bastante "viciada", ultimamente. Esse álbum é o The Madcap Laughs, do Syd Barrett.
     Comecemos pelo artista: Roger Keith Barrett, mais conhecido por Syd Barrett nasceu a 6 de janeiro de 1946, em Cambridge.
     Famoso por ser o fundador dos Pink Floyd, gravou apenas dois discos com a banda, da qual saiu devido aos seus problemas, maioritariamente relacionados com a droga.
     Enquanto artista a solo, gravou três álbuns, dos quais destaco o The Madcap Laughs, uma verdadeira obra-prima. Este foi editado em janeiro de 1970 e produzido por artistas como Roger Waters, David Gilmour e Malcom Jones.
     The Madcap Laughs pode ser considerado o resultado do trabalho de um homem que se estava a destruir lentamente. Barrett sempre foi conhecido por ter uma "relação privilegiada" com substancias ilícitas, maioritariamente LSD, e pelo seu estado de saúde (era esquizofrénico). Com estes problemas mentais (ou, talvez, devido a eles) criou este magnífico álbum que, nos dias de hoje, ainda continua a apaixonar muitos ouvintes.

Syd Barret com os Pink Floyd
     Durante todo o álbum podemos analisar a genialidade do rock psicadélico e, principalmente, das letras escritas pelo fundador dos Pink Floyd. Nelas podemos encontrar uma série de metáforas sobre a vida pessoal do artista ou sobre a participação na banda de Wish You Were Here.
     Logo na primeira faixa - Terrapin - ficamos hipnotizados pelo som simples da guitarra e pelo ritmo repetitivo, porém belo, da música.
      Here I Go é, provavelmente, a minha música preferida do álbum. Com o seu ritmo, tanto acelerado como lento, consegue transformar-se numa melodia frenética. Quanto à mensagem que transmite, há quem acredite que fale dos Pink Floyd e da maneira como estes o abandonaram.
     O primeiro e único single lançado pelo artista foi Octopus, música onde se notam as inúmeras influências dos Pink Floyd nos seus primeiros anos de existência.
     Dark Globe é, a par de Golden Hair, uma das canções mais sombrias do disco. Nela, Barrett mostra como o seu estado mental o consome a cada dia que passa, tornando-se, talvez, a música mais pessoal do álbum.


     Syd Barrett esteve ativo sete anos, durante os quais teve uma curta, porém fantástica carreira a solo. Acredita-se que deixou de escrever pouco depois de ter deixado os Pink Floyd. A sua deterioração mental agravou-se devido ao uso de drogas. Barrett foi uma figura incontornável do mundo da música, a quem não foi dada a importância merecida. Foi um dos pioneiros do rock psicadélico, space rock e psych folk. Milhões de fãs choraram a sua morte no dia 7 de julho de 2006, devido a problemas relacionados com a diabetes.


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Alt-J confirmados no NOS Alive 2015

     A banda inglesa Alt-J é a primeira confirmação do festival NOS Alive 2015. Com um segundo álbum - This is All Yours - lançado no passado mês de setembro, a banda sobe a palco no dia 9 de julho de 2015. Os bilhetes diários custam 55 euros e o passe de 3 dias 109 euros.


sábado, 25 de outubro de 2014

Um lançamento e um fim

     Uma semana depois do lançamento do primeiro tema de Sonic Highways, os Foo Fighters apresentam The Feast And The Famine. A segunda faixa do álbum corresponde à cidade de Washington (cada música fala sobre uma cidade diferente). O oitavo álbum da banda norte-americana tem lançamento marcado para o dia 10 de novembro.


     Outra novidade é o fim da banda Beady Eye, da qual fazia parte Liam Gallagher. O ex-Oasis transmitiu a notícia através do seu twitter pessoal ("Beady Eye are no longer. Thanks for all your support."). Ainda não há informações sobre o porquê da separação.


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Uma surpresa chamada Seasick Steve


     Uma das melhores partes de ir a festivais é descobrir novos artistas e, como tal, venho falar de uma das melhores surpresas da edição deste ano do Paredes de Coura.
     Steven Gene Wold, mais conhecido por Seasick Steve, veio do Mississippi até à vila minhota para nos fazer ouvir o seu blues energético e alegre. O músico de 73 anos andou pelo campismo, onde tocou de livre vontade para os festivaleiros, protagonizou uma das sessões do Vodafone Music Sessions e, obviamente, subiu ao palco principal do recinto para encantar os espectadores.
     Mas qual é a história por detrás deste artista norte-americano? Seasick Steve fez questão de a contar em Dog House Boogie, um dos últimos temas a ser interpretado. O músico explica que os seus pais se separaram quando este tinha apenas quatro anos e, três anos depois, a sua mãe voltou a casar com um homem que o tratava mal. Aos catorze anos, saiu de casa e andou sozinho durante mais de uma década. Passou fome, frio e chegou até a ser preso. Questionou-se também sobre o que poderia fazer da sua vida, visto que a sua educação foi quase inexistente. Era nesses momentos que pegava numa guitarra e fazia o que melhor sabia fazer. Chegou a tocar em Paris, no metro, para ganhar algum dinheiro.
     O seu talento demorou a ser reconhecido, pois apenas em 2004, gravou o seu primeiro álbum. Hoje, conta já com sete discos, vários prémios e participações em alguns dos melhores festivais do mundo.
     Quanto a Paredes de Coura, Seasick mostrou-se admirado com a quantidade de público que assistia ao seu concerto. Afirmou que não sabia que o conheciam por cá. Depois de vários elogios às mulheres portuguesas, aproveitou também para dizer que aquele era "o festival mais bonito" onde tocou.

Seasick Steve com uma das suas famosas guitarras

     Outra característica caricata da sua música são os instrumentos com que toca. A partir de objetos que a maioria das pessoas classificaria como "lixo", alguns com cordas em falta, o músico consegue obter um som diferente que o caracteriza.
     Seasick Steve pode ter demorado a alcançar o sucesso, mas conseguiu-o e a verdade é que hoje corre o mundo à procura de mostrar a sua música às pessoas e ainda consegue ensinar uma grande lição de vida.


sábado, 18 de outubro de 2014

Sugestão da semana: Foo Fighters - Something From Nothing

    Something From Nothing saiu no passado dia 16 de outubro e é a primeira música a ser conhecida do álbum Sonic Highways, com lançamento marcado para 10 de novembro.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Noel Gallagher anuncia novo álbum


    Noel Gallagher anunciou esta semana o lançamento de um novo disco, previsto para o dia 2 de março de 2015. O álbum, produzido pelo mesmo, será o segundo disco da sua banda Noel Gallagher's High Flying Birds. Chasing Yesterday será constituído por 10 faixas e contará com participações especiais, como a de Johnny Marr (ex-Smiths), na música Ballad Of The Mighty I.
    Entre todas, destaca-se a canção Lock All The Doors, que demorou 23 anos a ser escrita. "Sempre quis terminá-la, mantive o refrão, mas nunca conseguia arranjar forma de encaixar os versos e o refrão. Um dia estava a sair do supermercado e surgiu a solução", afirma o cantor.
    O primeiro single - In The Heat Of The Moment - chega a 16 de novembro, mas já pode ser escutado no canal do youtube do cantor.
    Porém, o ex-Oasis já veio publicamente mostrar o seu desagrado pelo título escolhido e defende que deveriam ser os fãs a escolher o nome dos álbuns.



Alinhamento:

1. Riverman
2. In The Heat Of The Moment
3. The Girl With X-Ray Eyes
4. Lock All The Doors
5. The Dying Of The Light
6. The Right Stuff
7. While The Song Remains The Same
8. The Mexican
9. You Know We Can't Go Back
10. Ballad Of The Mighty I

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O outro lado de Julian Casablancas


    Fora dos The Strokes, banda que o estabeleceu na indústria musical, Julian Casablancas tem projetos com uma sonoridade diferente da que estamos habituados a ouvir em álbuns como Is This It ou Comedown Machine.
    Nascido a 23 de agosto de 1978, em Nova Iorque, Julian Fernando Casablancas tem como principais referências no mundo da música Lou Reed e os Velvet Underground. Com os The Strokes lançou cinco álbuns (e, provavelmente, começarão a gravar o sexto no início do próximo ano), tornando-se numa das maiores bandas de rock da atualidade e influenciando diversas bandas até aos dias de hoje.
    A sua carreira a solo iniciou-se com Phrazes For The Young, disco lançado em 2009, que dividiu as opiniões da crítica. Enquanto alguns criticavam o som electro-pop do álbum, outros defendiam que a sua qualidade não estava a receber a atenção que merecia. O facto é que vendeu menos do que qualquer disco dos The Strokes...
    No projeto mais recente de Julian Casablancas, este junta-se aos The Voidz, formando o projeto Julian Casablancas + The Voidz. Tyranny é o nome do primeiro disco, já editado nos Estados Unidos, mas que por cá só tem lançamento previsto para 13 de outubro. Este vai poder ser adquirido em formato digital (custa 3€, aproximadamente), cassete, CD, vinil ou até em forma de isqueiro USB. Produzido pela Cult Records, fundada pelo próprio Julian, já podemos ouvir dois temas: Human Sadness, uma canção com 11 minutos (onde cada um deles vale a pena) num estilo mais melancólico; e Where No Eagles Fly que, com um registo agradável, nos faz lembrar os anos 80.
    Tyranny não é um álbum para todos os ouvidos. Há quem não aprecie esta fase mais "sombria" e intensa de Julian Casablancas. Mas a verdade é que é um disco inovador e mais experimental. E experiências boas como estas é que nós queremos!


Tyranny em formato isqueiro USB


Alinhamento:

1. Take Me In Your Army
2. Crunch Punch
3. M.utually A.ssumed D.estruction
4. Human Sadness
5. Where No Eagles Fly
6. Father Electricity
7. Johan Von Bronx
8. Business Dog
9. Xerox
10. Dare I Care
11. Nintendo Blood
12. Off The War

sábado, 4 de outubro de 2014

Lotus Fever

   
     Em vésperas de publicar o primeiro álbum, Search For Meaning (será editado esta segunda-feira, 6 de outubro), os Lotus Fever são uma banda que começa a dar nas vistas no panorama nacional.
     Estávamos ainda no ano de 2011, quando quatro rapazes oriundos de Lisboa decidiram criar este projeto. São eles Bernardo Afonso (teclas), Diogo Abreu (bateria), Manuel Siqueira (guitarra) e Pedro Zuzarte (guitarra e voz), com idades compreendidas entre os 18 e 23 anos. Assumindo influências de artistas e bandas como os Pink Floyd, Bon Iver, Radiohead, Jeff Buckley e Tame Impala lançaram o seu primeiro EP em 2012, entitulado Leave The Lights Out.
     Dois anos depois preparam-se para editar Search For Meaning, do qual já saíram vários singles, todos eles com uma sonoridade psicadélica e progressiva. Para promover o mesmo, foram agendados cinco concertos em diferentes pontos do país. O álbum foi financiado pelos fãs numa campanha de Crowdfunding e produzido nos estúdios Tchatchatcha, por Ramón Galarza.


Datas Search For Meaning Tour:

4 de outubro, Musicbox, Lisboa - 5€

11 de outubro, Sociedade Harmonia Eborense, Évora - entrada livre

21 de novembro, Plano B, Porto - 5€

22 de novembro, Salão Brazil, Coimbra - 5€

6 de dezembro, Stairway Club, Cascais - entrada livre



sexta-feira, 3 de outubro de 2014

"Tomorrow's Modern Boxes"

    
    
      Numa altura em que se fazem especulações sobre um novo álbum dos Radiohead, o seu vocalista, Thom Yorke, acaba de publicar o sucessor de The Eraser (2006).
      Lançado no site do BitTorrent, os fãns podem fazer o download das oito músicas que compõem o álbum e do videoclip A Brain In A Bottle, por 4,73 euros (seis dólares), dos quais 90% serão pagos diretamente ao músico. Yorke torna-se assim o primeiro artista a editar um disco a partir deste site de partilhas, tentando afastar a reputação de "fonte de pirataria" que existe em torno desta plataforma. 
       Descrito por muitos como um disco "mais experimental" conseguiu, até ao dia de hoje, mais de 1,2 milhões de downloads.
      Estas formas alternativas de distribuição não são uma novidade para Thom Yorke e para os Radiohead que, em 2007, com o álbum In Rainbows, deixaram à vontade dos clientes pagar o preço que estes entendessem por ele.




Alinhamento:
1. A Brain In A Bottle
2. Guess Again!
3. Interference
4. The Mother Lode
5. Truth Ray
6. There Is No Ice (For My Drink)
7. Pink Section
8. Nose Grows Some